Blanc

Estou a uma semana de voar para Portugal. Segundo ouvi, hospedeiras e comissários de bordo da British Airways vão estar em greve no período natalício. Voarei com a KLM e espero não ter problemas. As contagens decrescentes para ir à minha terra parecem sempre demorar o dobro do tempo a passar...

Com o objectivo de subir para uns "miseráveis" 5 posts escritos em 2009, resolvi ocupar uns minutos a falar da cor branca da Escócia.

Nem sempre faz um frio de rachar, mas quando faz há possibilidade de nevar! E com a neve chega um novo rol de actividades. A mais simples, acessível e barata é a de atirar bolas de neve uns aos outros nos jardins do Instituto, a mais difícil é fazer esqui de fundo (ou cross-country ski) nos bosques escoceses e a mais divertida é esquiar em Glenshee. O tempo do frio está a chegar outra vez, pelo menos é o que se espera se as alterações climáticas não alterarem muito as coisas. E deseja-se que com o frio venha também a neve.

Desta vez o desafio será talvez, o de aprender a fazer "snowboard". Será que o desafiado estará ao nível do desafio?

Blue and pink

Já há muito tempo que não escrevo no blog. Reparo que a última vez foi em Abril e já estamos em Outubro. Durante este intervalo muitas coisas se fizeram, muitas pessoas se conheceram, muitos sítios se descobriram...Não é que ande preguiçosa ou sem vontade de escrever; a verdade é simples e comum a muita gente: tempo, a falta de tempo ou o preenchimento do nosso tempo com tudo e mais alguma coisa o que por vezes nos deixa sem tempo para missões em que somos obrigados a reflectir. Mas agora que resolvi acalmar espero voltar a escrever com a regularidade do passado. Ora como este blog está a ser contado de forma cronológica, o que houve a seguir aos palhaços de Janeiro foi a viagem a S. Francisco em Fevereiro (isto ainda em 2008).

Sobre isso podia escrever um "post" por cada dia que lá estive. Falar da "Mission" e da maravilhosa comida mexicana, da passagem pela Golden Gate, das pessoas de "Chinatown", da subida a Twin Peaks, do marisco e dos leões marinhos do "Fisherman's wharf", da loucura hippie em Haight street, da corridas de "cable car" ou da descoberta dos "corners" não aconselhados pelo "rough guide". Podia falar de tudo isto...Mas o que me maravilhou no fundo no fundo foram os murais que decoram as paredes da cidade. Não sei quem os pinta mas considero-os verdadeiros artistas.

É isso que deixo hoje, uma foto de um dos murais de San Francisco!

Red nose

O marido da Sara é palhaço. Quando vinha visitá-la preparava uns "workshops" ou "taillers" para nos ensinar a fazer de palhaços.

Se a ideia parece bizarra posso dizer que tem um poder de depurar mentes tristes num segundo.

Na verdade participei nestes dois workshops (o primeiro em Janeiro de 2008 e o segundo em Outubro do mesmo ano) quando me encontrava um bocadinho triste. Mas a terapia funciona e consegue-se exteriorizar e representar sentimentos que nunca se pensa ser possível, principalmente em frente a outras pessoas.

Gostei muito e aconselho. A Sara já não está e o marido já não vem de visita. Encontram-se a habitar um belo cantinho dos Pirinéus.

Laranja, branco e castanho

25 de Janeiro - Burns' night = Haggis, leitura de poemas.

Todos os anos por esta data os escoceses celebram o nascimento (25 de Janeiro de 1759) do seu maior bardo, Robert Burns. A tradição manda que as gentes se juntem para comer haggies e ler os poemas que escreveu ao som da gaita de foles :-).

Os poemas de Burns têm como tema principal os seus amores, a aldeia onde viveu e a natureza e são maioritariamente escritos em dialecto Escocês. Filho de lavradores, não teve oportunidade para estudar senão já mais tarde por sua própria conta. A quantidade "affairs" que manteve com várias mulheres sempre vêm à tona quando se fala de Burns.

O formato dos jantares de Burns continua a ser o mesmo desde a sua morte em 1876. Os jantares em que tenho participado (2 até à data) são na casa do meu chefe com os meus colegas de trabalho. Começam com o acolhimento dos convidados, segue-se a leitura da oração de Burns para antes da refeição, "The Selkirk Grace". Depois da oração corta-se o haggies enquanto alguém lê o famoso poema "Address To a Haggies". O Renée toca gaita de foles, lêem-se mais uns poemas e fala-se de algumas cenas da vida do poeta.

Bleu

Se ainda não mostrei passo a mostrar...o mar de Aberdeen.